terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Bravum




A gente suava frio
Ao som do andar macio
pelos cantos seus
E era cada calafrio
Que céu não dava um pio
Choveu por um mês
E você sorriu ao cobrir 
meus pés naquela manhã
Descobriu o frio e
vestiu o calor
da noite em cio
Enxergava um certo brio
Na mão que acabava um ciclo
Pelo corpo seu
Meu olhar que era
sempre vivo à íris
do seu sorriso
Se aquietou,
quando viu...
...o sol nascer, ela dorme
e nem vê que sorri

Como pode ser o sono
tão injusto assim?
Ela só pode
ser a melhor
canção sobre mim.

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Palavra do dialeto Iorubá, o bravum representa um determinado ritmo das celebrações afro-religiosas, caracterizado por batidas fortes executadas no "Rum" (o maior dos três atabaques utilizados nesses rituais). 
Do bravum, fez-se BRavum, abrasileirado, desafinado e complexo. Uma aversão às regras musicais, a BRavum prefere ser espírito a ser teoria. Ser musicalmente verdadeira. Desde 2010, o trio formado por Cyrano Almeida, Thiago Fonseolli e Zeca Xavier propõe uma sonoridade crua e direta, com letras cheias de um contundente lirismo urbano. Melancolia e excitação se misturam como bebidas quentes, colidem com a vontade de se apartar e se escondem no que é, talvez, o óbvio.
Integrantes:
Cyrano Almeida - Bateria
Zeca Xavier - Baixo
Thiago Fonseolli - Guitarra, violão, teclado e voz

Abaixo o som envolvente da banda:

Chão

Higher Ground