quinta-feira, 17 de março de 2016

Rubel


É você que tem
Os olhos tão gigantes
E a boca tão gostosa
Eu não vou aguentar

Senta aqui do lado
E tira logo a roupa
Esquece o que não importa
Nem vamos conversar

Olha bem mulher
Eu vou te ser sincero
Quero te ver de branco
Quero te ver no altar

Não tem medo não
Eu sei vai dar errado
A gente fica longe
E volta a namorar depois

Olha bem mulher
Eu vou te ser sincero

Eu to com uma vontade danada
De te entregar todos beijos que eu não te dei
E eu to com uma saudade apertada
De ir dormir bem cansado
E de acordar do teu lado pra te dizer
Que eu te amo
Que eu te amo demais

Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Quero te ver de branco
Quero te ver no altar

Não tem medo, não
A gente fica longe
A gente até se esconde
E volta a namorar depois

Que é você que tem
Os olhos tão gigantes
E a boca tão gostosa
Eu não vou aguentar

Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Eu tô com uma vontade danada
De te entregar todos beijos que eu não te dei
E eu tô com uma saudade apertada de ir dormir bem cansado
E de acordar do teu lado pra te dizer
Que eu te amo
Que eu te amo demais

Eu tô com uma vontade danada
De te entregar todos beijos que eu não te dei
E eu tô com uma saudade apertada de ir dormir bem cansado
E de acordar do teu lado pra te dizer
Que eu te amo
Que eu te amo demais!



Rubel Brisolla é carioca, 25 anos, estudante de cinema e toca violão desde os 8 anos. Já teve banda de rock, mas hoje é bem mais fissurado em MPB e folk. Austin é uma cidade americana no estado do Texas com uma cena cultural vibrante e povoada por moradores e universitários de várias partes do mundo comprometidos com a causa local: “Keep Austin weird” (mantenha Austin esquisita). Em 2011, Rubel foi passar um ano em Austin. O álbum Pearl é fruto desse encontro.
"Em 2011 fui morar em Austin. Ao contrário do que se espera de um estado conservador como o Texas, encontrei uma cidade que girava em torno da música e dos seus milhares de residentes universitários. O lema da cidade era levado bastante a sério: Keep Austin Weird.
Acabei parando em uma casa grande, onde moravam outras cento e poucas pessoas. Encontrei muitos bons malucos que viviam sem premeditar o próximo passo, nem planejar futuro; um povo que fazia música todo dia e toda hora com a mais sincera vontade, e que sabia aproveitar ao máximo as oportunidades que apareciam.
Com a ajuda de algumas dessas pessoas, compus e gravei sete músicas, em uma tentativa de registrar e levar comigo um pouco do que vivi e aprendi com eles. Espero que os sons e as letras tenham conseguido captar o espírito do lugar. Se não conseguiram, que ao menos valha a mistura entre o violão carioca e o banjo texano. Fica aqui o relato cantado dos meses que morei em uma casa chamada Pearl. Espero que gostem."

Vamos ouvir o som marcante do Rubel:

Ben