quinta-feira, 7 de agosto de 2014

20 anos de Rock Nacional


(Celso Blues Boy)

Estava deitado dormindo acordado
Sem ter nada o que fazer
Ah, liguei o rádio no meio da noite
O ritmo do som era pesado
Subi o volume e o vizinho gritou
Aumenta que isso aí é Rock and Roll
Aumenta que isso aí é Rock and Roll

Rock and Roll, Rock and Roll, Rock and Roll
Rock and Roll, Rock and Roll, Rock and Roll

Era como um trem sacudindo a cabeça
Parado é que não dava pra ficar
O guarda noturno as meninas da esquina
Todo mundo que escutou
Gritaram mais alto ninguém segurou
Aumenta que isso aí é Rock and Roll
_________________________   ♪ ♫ ♪   _______________________

O Rock brasileiro (mais conhecido no Brasil como Rock Nacional) teve início no final da década de 1950, conquistando maior popularidade na década de 1980.
O primeiro sucesso no cenário do rock brasileiro apareceu na voz da cantora Celly Campello que estourou nas rádios com os sucessos Banho de Lua e Estúpido Cupido, no começo da década de 1960. 
Na década de 1970, surge Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados. Na década seguinte, com temas mais urbanos e falando da vida cotidiana, surgem bandas como: Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz, Os Paralamas do Sucesso e os Mutantes, com a rainha rockeira Rita Lee..
Na década de 1990, fazem sucesso no cenário do rock nacional : Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu, Skank entre outros.
Nos anos 80, ocorreu a verdadeira "explosão" do rotulado "BRock". Isso se deve em parte à criação de casas de show, como Noites Cariocas e Circo Voador (Rio) e Aeroanta (São Paulo). As primeiras bandas a fazerem sucesso foram os irônicos Blitz ("Você não soube me amar") e Eduardo Dusek ("Rock da Cachorra", junto com João Penca e Seus Miquinhos Amestrados), no batizado "Verão do Rock", em 1982.
As bandas mais cultuadas dos anos 80 formam um "quarteto sagrado". São elas: "Os Paralamas do Sucesso", originários do Rio de Janeiro, haviam se conhecido antes em Brasília e começaram a tocar na garagem de um dos integrantes; "Titãs", paulistas (mais tarde "suavizados"). Inicialmente, juntavam as estéticas da new wave e do reggae com a da MPB, e, de 1982 à 1984, a banda era formada por nove integrantes - além dos músicos que continuam no grupo, fizeram parte do conjunto: Ciro Pessoa (vocais), Arnaldo Antunes (vocais), Marcelo Fromer (guitarra) e Nando Reis (baixo/vocais), logo se tornando um octeto, numa formação que duraria até 1992, com a saída de Arnaldo. O baterista do grupo Ira!, André Jung, tocou seu instrumento no primeiro trabalho titânico, depois cedendo seu posto a Charles Gavin; Os cariocas "Barão Vermelho", surgidos em 82 e liderados por Cazuza. Com a saída dele (que teve carreira-solo bem sucedida), o guitarrista Frejat assumiu os vocais; e a mais influente "Legião Urbana", liderada por Renato Russo, surgida em 82, emplacando alguns sucessos como "Faroeste Caboclo", "Será" e "Eduardo e Monica" que chegaram ao topo das rádios. A banda acabou com a morte de Renato Russo, em 1996. Os outros legionários que compunham a banda eram: Marcelo Bonfá (bateria) e Dado Villa-Lobos (Guitarra). Renato Rocha foi baixista da banda até 1988.
E teve outras também de grandes sucessos na época, como as bandas Sempre Livre, Gang 90 e as Absurdettes, Biquini Cavadão, Hanói Hanói, Hojerizah, Lobão e os Ronaldos, Metrô, Magazine, Grafitti, Ed Motta & Conexão Japeri, além de cantores(as) como Marina Lima, Léo Jaime, Ritchie, Kid Vinil, Fausto Fawcett, entre outros.
Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo no Rio de Janeiro, surgiram os alegres Kid Abelha e Léo Jaime; Uns e Outros e o fim da banda Vímana revelou Lulu Santos, Lobão (também ex-Blitz) e Ritchie; em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou Inocentes, Cólera e Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como Ultraje a Rigor (no qual Edgard Scandurra tocou antes do Ira!), Ira!, Titãs, RPM, Zero, Metrô, e Kid Vinil (então vocalista da banda Magazine). Sem se esquecer da cena independente muito bem representados pelo Fellini, Smack, Voluntários da Pátria, Akira S e As Garotas Que Erraram, e Mercenárias; em Brasília, o Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) virou o Capital Inicial (que acabou se fixando em São Paulo), e a Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar" e "Proteção"; e no Rio Grande do Sul, os "cabeças" Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Os Eles, Bandaliera, Garotos da Rua, e DeFalla. Na Bahia, chegou ao sucesso o Camisa de Vênus, repetindo mais uma vez o  dito Pai do Rock Nacional, o genial baiano "Raul Seixas"
No heavy metal, originou-se em Minas Gerais a banda brasileira de maior sucesso internacional, o Sepultura, que toca o gênero extremo thrash metal, com letras em inglês. Outra banda a conseguir algum destaque no exterior (Japão) foi a paulista Viper, que também escrevia letras em inglês, e que ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de metal melódico no Brasil. O Viper foi também responsável por revelar o vocalista Andre Matos, que participaria de duas grandes bandas brasileiras: Angra e Shaman.

Vamos curtir de montão o bom e velho Rock Brazuca:

CD-01

CD-02

CD-03

CD-04